MPPI realiza audiência itinerante extrajudicial para acompanhar situação de pacientes de longa permanência no Hospital Infantil e no HUT

Ao longo da audiência, os representantes das instituições pontuaram a situação de cada paciente de longa duração

Fotos: Reprodução (Ascom/MPPI)

O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio da 29ª Promotoria de Justiça de Teresina, realizou audiência itinerante extrajudicial no Hospital Infantil Lucídio Portela (HILP), na manhã desta quinta-feira (25), para acompanhar a situação dos pacientes de longa permanência no HILP e no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Na ocasião, o promotor de Justiça Eny Pontes se reuniu com Márcia Aida de Lima Silva, promotora de Justiça que responde pela PJ de Altos, além de representantes do HILP, do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), da Secretaria Estadual da Assistência Social (SASC), Secretaria Municipal de Assistência Social de Campo Maior, Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS), Associação Piauiense de Municípios (APPM), Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), das maternidades Professor Wall Ferraz (CIAMCA) e Dona Evangelina Rosa, e a mãe de um dos pacientes internados.

Conforme o representante do MPPI, a audiência extrajudicial para tratar da desospitalização de crianças e adolescentes pacientes com internação de longa duração faz parte do calendário do projeto “Reconstruindo Laços na Saúde”, do Ministério Público do Piauí. “Temos acompanhando as crianças pacientes de longa permanência tanto do Hospital Infantil quanto do Hospital de Urgência de Teresina. Recentemente, chegaram ao nosso conhecimento alguns das maternidades”, acrescentou Eny Pontes.

Ao longo da audiência, os representantes das instituições pontuaram a situação de cada paciente de longa duração. Além do monitoramento de casos individuais de internações, a audiência extrajudicial foi uma oportunidade de debater sobre a necessidade de descentralização desse tipo de atendimento, que atualmente se concentra em Teresina. Por causa disso, muitas famílias do interior e de outros estados precisam se deslocar para a capital piauiense para acompanhar as crianças que estão internadas, impactando na vida dessas famílias.

Diante disso, foram levantados debates sobre a estruturação física, de material e de profissionais treinados em hospitais do interior, como o Hospital Regional de Campo Maior, e da assistência social prestada às famílias.

Os presentes também pontuaram sobre a importância de um fluxo otimizado de atendimento a pacientes que, por ventura, necessitem de suporte de urgência em localidades sem estruturação física, material e de pessoal suficiente para a adequada prestação do serviço.

O promotor de Justiça Eny Pontes ressaltou, ainda, a importância da proximidade dos pacientes e seus responsáveis com seus locais de origem, onde a rede de apoio familiar esteja presente e possa somar esforços nos cuidados dos pacientes após desospitalização.

Projeto “Reconstruindo laços na saúde”

A iniciativa do MPPI tem por objetivo final viabilizar que crianças e adolescentes internados por longos períodos, em razão de doenças graves e crônicas, recebam cuidados adequados em ambientes mais acolhedores, seja por meio da estruturação de seus lares, com retorno ao convívio familiar, seja com a transferência para unidades de saúde em suas cidades de origem. Fonte: Ascom/MPPI



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