Requalificação do Zoobotânico vai simular habitats nativos nos recintos dos animais

O conceito atual de recintos contará com estruturas mais amplas, associadas à fauna e à flora
O Parque Zoobotânico será transformado para o modelo de bioparque, estando entre os conceitos mais modernos de interação do ser humano com a fauna e a flora. Os recintos devem ser reformados, readequados e redimensionados, garantindo segurança aos visitantes, funcionários e animais, atendendo as necessidades biológicas dos bichos e com disposição de informações das espécies presentes no recinto.

Com o novo modelo, a premissa essencial é que o entretenimento esteja sempre aliado ao conhecimento. O equipamento contará imersão, práticas e incentivos à consciência ambiental, à educação e ao entretenimento no Zoobotânico. Será desenvolvida uma nova ordem de importância e entendimento sobre as relações homem x natureza, trabalhando as melhores práticas socioambientais. A imersão poderá ser vivenciada em pequenos espaços expositivos, em áreas de pré-shows, salas de exposição e atrações interativas, além da observação dos recintos.

Para o educador ambiental Fabio Lima, através dessa nova visão, os zoológicos vêm desmistificando os paradigmas de que são apenas acumuladores de animais. Outra contribuição importante é que através da educação da população cria-se uma consciência ecológica de que é preciso poupar recursos naturais, respeitar espécies animais e vegetais, e diminuir a poluição em todos os níveis.

“Ao visitar um zoológico, a pessoa deve, antes de sentir pena dos animais confinados, saber que eles fazem parte de um processo que pode auxiliar na proteção de seus congêneres que estão livres, que ali os animais recebem alimentação adequada, cuidados médicos e sanitários que não receberiam na natureza, onde também teria que enfrentar seus predadores naturais, inclusive o homem na sua caça ou tráfico indiscriminado”, diz Fabio.

A adoção desse novo conceito é a proposta principal da PPP do Zoobotânico. Todos os equipamentos e infraestruturas já existentes no parque poderão ser reaproveitados e utilizados, desde que estejam em perfeitas condições de uso, visando a sustentabilidade das obras e a reciclagem de materiais. A concessionária também deve aproveitar todos os elementos naturais e paisagísticos existentes no complexo do parque.

O maior espaço do Zoobotânico será destinado à preservação permanente, com área de 46,20 hectares. Já o espaço para o zoológico, com área disponível de 32 hectares, contemplará toda a estrutura para distribuição interna dos recintos para os animais, área de apoio e administração. Além disso, o equipamento terá a instalação do Setor Botânico Ambiental, com uma área total de 8 hectares, e com previsão de funcionamento de um Centro de Pesquisa e Educação Ambiental.

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