Lacen divulga resultado de análises sobre novas variantes do coronavírus no Piauí

O envio aconteceu por meio de Projeto de Estruturação da Rede Nacional de Sequenciamento Genético
O Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga (Lacen) realiza estudos constantes sobre as novas variantes do coronavírus no Piauí. No mês de março, o laboratório encaminhou amostras colhidas em pacientes suspeitos de terem sido contaminados ao Laboratório Central da Bahia para sequenciamento genético. O envio se deu por meio do Projeto de Estruturação da Rede Nacional de Sequenciamento Genético para a Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde que investiga mutações e diferentes linhagens do SARS-CoV-2 em circulação no Brasil.

No mês de julho, as análises de relatório de sequenciamento retornaram com os resultados e mostra que, do início da pandemia, em março de 2020, a outubro de 2020 prevaleceram no Piauí as linhagens B.1.1.28 e B.1.1.33, mais comuns em todo Brasil. Essa condição foi mudando a partir de novembro de 2020, com introdução de linhagens como a B.1.212 (um registro em São João do Piauí); N9 identificada em um paciente vindo de Brasília e três pacientes de Teresina, um de União e um de São João da Canabrava; P1 (chamada de variante gama) presente em vários municípios e a variante zeta (P2) encontrada em Teresina (um registro) e Beneditinos (um registro).

Segundo diretora do Lacen, Walterlene Carvalho, o sequenciamento mostra ainda que houve uma substituição de linhagens com predomínio total da variante gama (P1) que, de março a maio de 2021, prevaleceu como a única linhagem detectada no Piauí, até o momento. “Não foram identificadas nas análises atuais outras VOCs como a alfa (Reino Unido – B.1.1.17), beta (África do Sul – B.1.351) e delta (Índia – B.1.617.2)”, diz.

Segundo a diretora, o momento da pandemia ainda exige cautela. “Ao menos 97 casos de infecção pela variante delta, cepa mais transmissível do coronavírus, foram notificados no país, dos quais cinco resultaram em mortes. Os dados foram informados pelo Ministério da Saúde no domingo (18). Os registros foram feitos em sete estados, mas os óbitos foram no Paraná e no Maranhão. O Rio de Janeiro é o estado com mais casos (74). Na capital fluminense, o número saltou de sete, na sexta-feira (16), para 23 no sábado (17). O ministério informou ainda que há registros de um contaminado em Minas Gerais, dois em Goiás, três em São Paulo e dois em Pernambuco”, alerta Walterlene Carvalho.

Até o momento, no Piauí não registrou nenhum caso da variante delta, mas devido à proximidade com estados que já confirmaram a presença (Maranhão e Pernambuco), é necessária uma maior vigilância para evitar a entrada da variante. “O sequenciamento não é exame de diagnóstico. O protocolo deve continuar sendo cumprido. A necessidade de adoções da vacinação, o uso de máscaras, higienização das mãos e evitar aglomerações devem continuar sendo seguindo de forma rigorosa. Porém, é necessário sabermos quais as cepas circulam em nosso estado, para entender a situação da pandemia”, finaliza diretora do Lacen.

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