“Vestir com dignidade”: Ministra dos Direitos Humanos diz que precisa ganhar mais

Ministra diz que precisa ganhar mais porque cargo exige roupa, maquiagem e mais despesas. "Todo mundo sabe que quem trabalha sem receber é escravo", diz ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, que pede ao governo remuneração de R$ 61 mil por mês
A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, conversou com a Coluna do Estadão nesta quinta sobre o requerimento que protocolou no governo no qual compara sua situação com a de um trabalhador escravo por ter parte do salário glosado pela lei do abate teto. A ministra diz que é seu direito receber o valor integral para trabalhar como ministra porque o cargo lhe impõe custos como se “vestir com dignidade” e “usar maquiagem”. Ela não se arrepende de ter comparado seu caso ao trabalho escravo. “Todo mundo sabe que quem trabalha sem receber é escravo”, diz.

Conforme a Coluna revelou, dos R$ 30.934,70 a que tem direito a receber como ministra, ela recebe R$ 3.292  bruto. O valor cai porque ela já tem outra renda paga pelo Estado como desembargadora aposentado, de R$ 30.471,10 bruto. Ao final do mês ela recebe da União R$ 33,7 mil, mesmo salário de um ministro do Supremo. No requerimento ela pede ao governo para receber os dois valores sem cortes, o que lhe garantiria R$ 61 mil todo mês.

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