Lava Jato cumpre mandado de prisão contra ex-líder de Lula e Dilma

Cândido Vacarezza é alvo de mandado de prisão temporária. Ele teria recebido dinheiro para facilitar contratos de uma empresa estrangeira com a Petrobras
A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta-feira (18) mandados de duas fases da Lava Jato. É a primeira vez que o órgão deflagra duas etapas da operação ao mesmo tempo.

Segundo as informações disponíveis até agora, o principal alvo é o ex-deputado federal Cândido Vacarezza, que foi líder dos governos Lula e Dilma na Câmara dos Deputados. Há um mandado de prisão temporária contra ele. Vacarezza teria recebido dinheiro para facilitar contratos de uma empresa estrangeira com a Petrobras.

A operação foi determinada pelo juiz Sergio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba. Segundo a Polícia Federal, foram cumpridas 46 ordens judiciais: 29 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de condução coercitiva e seis mandados de prisão temporária em São Paulo, Santos (SP) e Rio de Janeiro.

As duas fases, a 43.ª e 44.ª, foram batizadas de Operação Sem Fronteiras e Operação Abate. Ambas investigam corrupção, desvio de verbas públicas e lavagens de ativos identificados em contratação de grandes empresas com a Petrobras.

De acordo com o comunicado da PF, na chamada Operação Sem Fronteiras “é investigada a relação espúria entre executivos da Petrobras e grupo de armadores estrangeiros para obtenção de informações privilegiadas e favorecimento obtenção de contratos milionários com a empresa brasileira”.

A Operação Abate, por sua vez, tenta “desarticular grupo criminoso que era apadrinhado por ex-deputado federal, cuja influência era utilizada para a obtenção de contratos da Petrobras com empresa estrangeira”. Nesta relação criminosa, conforme a Polícia Federal, recursos foram direcionados para pagamentos indevidos a executivos da estatal e agentes públicos e políticos, além do próprio ex-parlamentar.

Os presos serão trazidos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. A PF vai fornecer mais detalhes sobre a operação em entrevista coletiva nesta manhã. (Gazeta do Povo)

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